1 - NÃO ME ACHO ENTRE TANTOS
Elevo meus pensamentos até ao Zênite do
Universo,
a procura de respostas para as ingratidões
humanas,
as quais fogem do meu entender, principalmente,
quando são elas oriundas dos mais próximos.
Nesses emaranhados de idéias,
sinto-me confuso, atordoado,
sem, realmente, saber o que é próximo ou
distante,
o que é falso ou verdadeiro.
Dentro desse contexto,
não me acho,
portanto, fico distante,
sem poder de avaliação, de tal forma que,
se o falso, as inverdades, o injusto,
forem, conceitos inerentes,
t5ão somente, ao meu ser,
entretanto, diferente para muitos
e se assim for, vivemos no mesmo lugar,
porém em mundos diferentes.
Finalmente, acredito que a luz que ilumina,
o mundo desses, não ilumina o meu,
embora, interagindo-se energicamente,
entre eles, visto que estão muito perto,
e ao mesmo tempo muito longe.
Eu já não sei, o que verdadeiramente sei,
se sou, apenas, vulto de mim mesmo,
que me faço enxergar, não pelo que sou,
nas por tudo aquilo que quero ser e
Não sou...
Jião C. de Vasconcelos
2 - ESTRADA DO NADA
Quando nas estradas do nada do mundo,
caminhamos sem nada,
entre tudo,
andaremos sobre tudo,
pois, no nada do mundo está o Todo do tudo.
É então, que conseguiremos tudo que somos e
para que somos e,
quando verdadeiramente somos,
somos felizes.
Nesse estado, o medo deixa de ser medo.
Os obstáculos deixam de ser os entraves da vida,
para serem os motivos e aprendizagem
para o viver com equilíbrio.
As lágrimas deixam de arder nos olhos,
para ser a água fresca que limpa a visão,
de forma que, enxerguemos com mais clareza
a beleza do mundo.
O sofrimento deixa de ser a dor do desespero
e da angústia,
para se tornar o freio que evita a caída no precipício.
O ódio deixa de ser o mal,
que irradia a loucura e a doença,
para ceder espaço para a leniência e o amor.
O homem deixa de ser o ego em tudo,
para ser o eu em todos,
onde a grandeza de amar,
dar a vida mais vida e
ao viver mais motivação, alegria, compreensão, solidariedade,
enfim, respeito por toda e qualquer vida.
...VIVER E PERMITIR QUE OUTROS VIVAM...
João C. de Vasconcelos
3 - BUSCANDO A VIDA
Em nossas vidas buscamos a felicidade,
mas nem sempre sabemos
onde e como.
Muitas vezes tentamos encontrá-la em lugar tão longe
e de forma tão sofisticada,
que deixamos de enxergar a beleza singela
às margens do caminho.
Andamos obcecadamente a procura da direção certa
e esquecemos o sentido verdadeiro.
É como procurar delicadas flores,
de espécie rara,
nos jardins do mundo,
quando nas estradas que passamos,
as deixamos empoeiradas e muitas vezes amassadas,
pelas nossas próprias pisadas.
Quando mendigamos um pouco de luz solar,
além das nuvens,
ela estará em abundância e ao alcance de todos aqueles
que não estão ociosos em lugares sombrios.
Sonhamos a vida inteira com a felicidade como um fim,
que devemos atingir e
nem sempre alcançaremos.
Assim,
acabamos perdendo os dias felizes das nossas vidas.
Não podemos ter um fim feliz,
sem sermos felizes.
O fim verdadeiramente não existe para quem é feliz,
porque não haverá limites para a felicidade.
João C. de Vasconceloos